O consumo de bebida alcoólica produz, além dos efeitos físicos visíveis – como euforia, perda de reflexos, falta de coordenação ou sonolência –, uma série de reações químicas e metabólicas no organismo.
Tudo começa no estômago, que recebe a bebida, absorve parte da água e manda o restante para o intestino. O álcool (etanol) vai para o fígado, que o transforma em outra substância (acetaldeído), que é então enviada para o rim. Este, por sua vez, encaminha o produto do álcool para a bexiga, onde será excretado.
Fases da bebida | Sintomas |
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Primeira | Euforia Sensação de liberdade Falta de coordenação motora Reflexos mais lentos |
Segunda | Sonolência Lentidão Falta de coordenação motora mais acentuada Reflexos ainda mais lentos |
Terceira | Mal estar Náuseas e vômitos Dor de cabeça |
Órgão | Efeito da bebida |
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Estômago e intestino | Irrita a mucosa e retira a camada de proteção Pode levar a gastrite ou úlcera |
Cérebro | Tem ação tóxica e inibe os neurotransmissores Pode causar tremores |
Fígado e rins | Causa uma sobrecarga e destrói as células Pode causar cirrose |
Pâncreas | Dificulta o trabalho e provoca lesões Pode dar pancreatite |
Coração | Destrói as células Pode dar hipertensão |
Sangue | Pode levar à anemia |
Sistema reprodutor | É capaz de desencadear alterações menstruais, infertilidade e impotência |
Cerca de 90% do álcool ingerido é absorvido na primeira hora, mas a eliminação demora de 6 a 8 horas. E o corpo interpreta o álcool como se fosse açúcar, por conta das calorias (7 kcal por grama).
Isso faz com que o pâncreas produza mais insulina para quebrar o açúcar no sangue. Assim, o nível de açúcar diminui e a pessoa pode ter uma crise de hipoglicemia.
Segundo estatísticas americanas, a simples ingestão de dois copos de cerveja pode aumentar o tempo de uma reação química de 0,75 para quase 2 segundos.
A dor de cabeça da ressaca, cuja intensidade depende da capacidade do fígado de cada um, é um efeito da vasodilatação. Isso porque o álcool se espalha no sangue até o cérebro e seu efeito pode causar edemas. Como forma de defesa, o corpo expande as veias do cérebro.
Em dias de ressaca, as principais dicas do hepatologista Luiz Carneiro e da consultora Ana Escobar são: caminhar, para fazer com que o metabolismo se regule, e comer alimentos leves, como saladas, frutas e grelhados, para não dificultar a digestão e sobrecarregar os órgãos que trabalharam para processar o álcool.
Cada indivíduo tem um fígado diferente, com uma potência distinta. Alguns conseguem metabolizar mais álcool que outros. E, quando o fígado não dá conta de quebrar as moléculas de álcool rápido o bastante para serem processadas, a pessoa pode entrar em coma alcoólico.
O fígado tem uma reserva de glicose que funciona como uma espécie de tanque de energia alternativa. Quando alguém bebe em excesso, o álcool usa esse estoque.
Uma dica para casos de bebedeira (não de coma) é procurar combater os dois problemas do álcool: a queda de açúcar no sangue e a desidratação. Por isso, uma boa receita é ingerir um copo de água com 3 a 5 colheres de sopa de açúcar bem misturadas.
Na hora de beber, nunca fique de barriga vazia e escolha bem o acompanhamento para não passar mal depois. Prefira: pão, antepasto de berinjela, batata frita e mandioca frita. Evite: queijos e frios (salame, presunto e mortadela) e linguiça acebolada.Também é importante não dormir de barriga para cima, para evitar o sufocamento no caso de vômito durante a noite.
Além disso, no primeiro momento em que uma pessoa toma bebida alcoólica, o volume de líquido no corpo aumenta muito e dá uma falsa sensação de hidratação. Só que, na segunda etapa, o álcool causa uma diurese grande: a urina aumenta e pode dar desidratação.
Por isso, é importante estar hidratado quando beber e ingerir muito líquido também no dia seguinte. Isso também ajuda a eliminar pela urina as toxinas que restam no corpo.
Lei Seca
A Lei Seca, que vale para todo o Brasil desde 2008, proíbe dirigir sob efeito do álcool. Não há limite seguro para beber e dirigir. Isso porque a absorção e metabolização do álcool dependem de diversos fatores, como sexo, peso e refeições no dia.
A Lei Seca, que vale para todo o Brasil desde 2008, proíbe dirigir sob efeito do álcool. Não há limite seguro para beber e dirigir. Isso porque a absorção e metabolização do álcool dependem de diversos fatores, como sexo, peso e refeições no dia.
O que se sabe é que consumir uma lata de cerveja, ou uma taça de vinho, ou até uma dose de cachaça, vodca ou uísque, é o bastante para ser multado. Beber o equivalente a duas ou três doses e dirigir não é apenas infração: é crime de trânsito.
Conduzir veículo sob efeito de álcool (de 0,1 a 0,29 mg de álcool por litro de ar expelido dos pulmões) é considerado infração gravíssima, com multa de R$ 957,70, suspensão do direito de dirigir por 12 meses e retenção do veículo até a apresentação de condutor autorizado.
Dirigir o veículo embriagado (mais de 0,3 mg de álcool por litro de ar expelido dos pulmões) provoca as mesmas penas que a condição anterior, além de prisão de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão ou proibição de obter a carteira habilitação
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Fonte: globo.com
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Fonte: globo.com
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